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Sábado – O dia da espera

Este é um dia particular e único, um dia de silêncio contemplativo junto do sepulcro de Cristo. A característica mais notória é a do vazio: altares despidos, sacrário aberto, igrejas desertas. Jesus não está.

 

O Sábado Santo é o dia de Cristo no túmulo, mas também o dia da sua descida à “mansão dos mortos”, abrindo “aos justos, que O tinham precedido na morte, as portas do Céu”. É isso que diz ao bom ladrão: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”. Esta descida é também o cumprimento do anúncio da salvação na sua totalidade.

 
 

 A Igreja permanece imóvel, junto do sepulcro, mas já está em paz. É no sentido deste repouso de Cristo que a Igreja acredita na Ressurreição e canta Aleluia nos funerais. A vitória de Cristo é a vitória dos cristãos.

Vigília Pascal – Noite de Luz

 
 

A Sagrada Escritura coloca a Ressurreição do Senhor no terceiro dia. E é a Vigília Pascal que dá origem ao terceiro dia. Vigília significa o tempo da noite em que não se dorme, mas se vigia. No caso da liturgia, é uma celebração nocturna.

 A Vigília Pascal é anterior ao próprio cristianismo. Ela remonta à noite do êxodo. Aí, antes de partirem para a Terra prometida, os Israelitas comeram o cordeiro pascal num vigília nocturna, atravessando depois o Mar Vermelho. Desde então que a vigília é celebrada tanto por judeus como por cristãos. Isto porque a Páscoa é a “passagem”, a saída de um lugar de escravidão e morte para a terra da libertação e vida.

 

Jesus também celebrou a Vigília Pascal, celebrando-a, pela última vez, “na noite em que Ele ia ser entregue”. Sabendo que era a sua hora, entregou-se aos seus como verdadeiro Cordeiro pascal, mandando que celebrem aquela nova Ceia em memória d’Ele, da sua passagem, da sua Páscoa, “até que Ele venha”. Porque a Ceia pascal do Novo Testamento continua a ser da expectativa da passagem definitiva “deste mundo para o Pai”.

A Vigília, mais do que uma festa comemorativa da Ressurreição, é uma vigília iniciática, acentuadamente baptismal.

 

 Ritos

 Liturgia da Luz: É o acender do Círio. O gesto é celebrado com o Precónio Pascal, que celebra o mistério daquela noite, anuncia a festa pascal. Alguns elementos rodeiam o acender do Círio, como o acender do lume novo e a sua bênção e a preparação do Círio com a gravação da cruz, do Alfa e do Ómega e do ano corrente. Há também a procissão até ao presbitério.

 

 Liturgia da Palavra: É a parte fundamental da Vigília, última preparação para a renovação dos votos baptismais. São propostas nove leituras: sete do Antigo Testamento e duas do Novo (Epístola e Evangelho). O número de leituras do Antigo Testamento pode ser reduzido se as “circunstâncias pastorais” o exigirem. As leituras fazem um resumo da história da salvação, desde a primeira criação (primeira leitura) até à Ressurreição, passando pelo sacrifício de Abraão e o êxodo do Egipto.

Liturgia Baptismal: É feita a bênção das fontes baptismais e a renovação das promessas do Baptismo. É também realizado o canto da ladainha dos santos, a bênção da água, a aspersão de toda a assembleia com a água benta e a oração universal. A Igreja antiga baptizava os catecúmenos nesta noite – e ainda hoje o faz. Liturgia Eucarística: É o momento culminante da Vigília, qual sacramento pleno da Páscoa, isto é: a memória do sacrifício da Cruz, a presença de Cristo Ressuscitado e o auge da Iniciação cristã.

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