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DGS recomenda cremação de cadáveres com infeção suspeita ou confirmada

A Direção-Geral de Saúde (DGS) emitiu uma norma sobre cuidados ‘post-mortem’ com cadáveres de pessoas infetadas com o novo coronavírus, recomendando a cremação dos corpos e determinando, em caso de enterro, que o caixão não seja aberto.   

 

A norma publicada segunda-feira, dia 16 de março de 2020, emite um conjunto de orientações para os profissionais que têm que lidar com os cadáveres de doentes que morram com Covid-19, ou quando mesmo sem confirmação suspeitem que tenha sido essa a causa da morte, devendo neste último caso ser colhidas amostras biológicas antes do envio do corpo para a casa mortuária, que serão depois submetidas a análise.  

 
 

Todos os dispositivos e materiais usados no tratamento devem ser retirados do corpo, descartados para os seus contentores específicos e o cadáver deve ser deixado limpo e seco, desinfetando orifícios e tamponando orifícios para impedir riscos de saída de fluidos. 

«É essencial que os profissionais que realizam os funerais e todos os outros envolvidos no manuseio do corpo, sejam informados sobre o risco potencial de infeção, incluindo os familiares», lê-se na norma, que obriga a diminuir a acumulação de cadáveres e proíbe o embalsamamento.   

 
 

Ainda que não seja obrigatório, a DGS refere que os cadáveres devem, «de preferência» ser cremados, mas quando isso não aconteça os corpos, que devem sempre ser embalados em sacos impermeáveis, ficam em caixão fechado, estando as famílias também proibidas de os abrir.

A DGS determina também normas estritas de higiene e proteção pessoal para quem tenha que manusear o corpo, impondo o uso de material impermeável, máscaras cirúrgicas e óculos de proteção.

 

Os familiares devem procurar informação sobre o risco potencial de infeção e «cumprir integralmente as orientações recebidas».

A norma indica detalhadamente como deve ser acondicionado o corpo, como proceder na desinfeção do quarto ou enfermaria e os cuidados a ter pelos profissionais que realizam a autópsia, quando esta é realizada, havendo também neste caso indicações sobre como proceder durante o processo e na desinfeção e limpeza do espaço, quando concluída.

 

Portugal registou ontem, dia 16 de março, a primeira morte por Covid-19, anunciou a Ministra da Saúde, Marta Temido, em conferência de imprensa.

«Trata-se de um homem de 80 anos, com várias patologias associadas» que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse a Ministra, que, na ocasião, transmitiu as condolências à família e amigos.

 

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