Quantcast
 
 

Pena máxima para seis arguidos no caso “Máfia de Braga”

Seis arguidos no caso da morte do empresário João Paulo Fernandes, de 41 anos, foram condenados, esta quarta-feira, a 25 anos de prisão, pelo Tribunal de São João Novo, no Porto.

 

O arguido Filipe Monteiro foi condenado a pena de multa, por posse de arma proibida. Pedro Bourbon e Emanuel Paulino – conhecido por Bruxo da Areosa – , alegados autores morais do crime, terão de pagar 505 mil euros à filha da vítima.

 
 

Os restantes dois arguidos, com envolvimento menos gravoso no caso, foram condenados a penas suspensas: de um ano e dez meses, num caso, e de cinco anos, noutro.

Durante as alegações finais, em novembro, o procurador do Ministério Público (MP) pediu a pena máxima para sete dos nove arguidos, classificando o crime como “violento e cruel” e de “elevadíssima ilicitude”.

 
 

 

 

 

Na altura, o procurador disse que os suspeitos planearam a morte com “muitos meses de antecedência”, o que revelava “a sua personalidade desviante”.

 

De acordo com a acusação do MP, aqueles sete homens “organizaram-se entre si, criando uma estrutura humana e logística com o propósito de sequestrar um empresário de Braga, de o matar e de fazer desaparecer o seu cadáver”.

Com isso, pretendiam “impedir de reverter um estratagema” mediante o qual o património dos pais da vítima fora passado para uma sociedade controlada por dois dos arguidos, referia a acusação.

 

Na execução daquele propósito, e depois de terem monitorizado as rotinas da vítima, quatro dos arguidos dirigiram-se, em 11 de março de 2016, a Braga, em dois carros roubados no Porto, numa empresa de comércio de automóveis, sustentava o MP.

“Abordaram o empresário por volta das 20:30” daquele dia, “meteram-no no interior de um dos veículos automóveis e levaram-no para um armazém em Valongo, onde o mataram por estrangulamento, acabando por dissolver o cadáver em 500 litros de ácido sulfúrico, já noutro armazém, sito em Baguim do Monte”, realçava.

No âmbito da investigação deste caso, o Gabinete de Recuperação de Ativos da Polícia Judiciária (PJ) arrestou e apreendeu ativos no valor de aproximadamente um milhão de euros.

Comentários

comentários

Você pode gostar...